A PUC Minas obteve aprovação do Ministério da Educação para oferecer o Curso de Medicina nos campi Contagem e Poços de Caldas. A Universidade, que já oferecia a graduação em Betim, irá receber anualmente 50 alunos em cada um dos novos cursos. A expectativa de abertura dessas novas opções de graduação na PUC Minas é a partir do primeiro semestre do ano que vem.
A autorização para o funcionamento dos novos cursos, anunciada nesta sexta-feira, 10 de julho, foi concedida em um processo inédito realizado pelo Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Saúde. A abertura de novos cursos de Medicina faz parte do programa Mais Médicos, que traça como meta alcançar uma relação de 2,7 médicos por mil habitantes – similar à dos países mais desenvolvidos. Para isso, é necessário chegar a 2026 com 600 mil profissionais em atividade.
A escolha dos projetos foi feita por meio de editais de chamamento público de ampla concorrência, e as propostas foram avaliadas por uma comissão de especialistas, médicos, professores de medicina e integrantes da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas (Camem), que também avalia as instituições federais de educação superior. Foram 216 instituições inscritas em todo o país e, dessas, 36 foram selecionadas.
Na seleção dos municípios, além da inexistência de curso no local, foram exigidos requisitos baseados na proporção de vagas e médicos por habitante, tamanho da população atendida e distância de outro curso de Medicina, com critérios referentes à estrutura da rede de saúde, para garantir a qualidade de formação. Para três dos 39 municípios em que houve a seleção, não foram selecionados cursos porque as candidaturas apresentadas não atenderam aos critérios de qualidade.
Já a análise das propostas das instituições de ensino superior levou em consideração a capacidade econômico-financeira e a regularidade jurídica e fiscal da mantenedora, o histórico da mantenedora e a proposta do curso de graduação em Medicina, com análise de mérito e de pertinência da proposta. A comissão analisou também o projeto pedagógico do curso, o corpo docente, a infraestrutura e o plano de implantação da residência médica.